Poeta Amador

     Com a fumaça de seu cigarro aceso,

     Fita ao longe com desapego

     Esboçando em guardanapo manchado de gim

     A solidão que invade seu peito.

      Tentando fazer de suas memórias poemas,

     Sua verdade faz do resto mentira

     E ele só deseja dizer da vida felicidade,

     Mas como solitário trovador que é

     A dor de um grande amor descreve desolado.

     Triste poeta amargurado!

     Que conheceu em certos dias,

     A felicidade de ser amado

     Deferiu mentiras, magoou e foi magoado

     Ele é do mundo. Um Mersault disfarçado!

     Passeia pela vida, liberdade é seu prènom

     Mas recorda com olhos marejados:

     « Liberdade é o ultimo recurso

     De quem não tem nada a perder »

     Sina de quem descreve a dor que deveras sente

     Que possui em si a alma do desamor

     Abre seu peito poeta!

     E me ensina novamente a caminhar (sem os pés no chão).

                                                Tassiana Frank

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Alguém que por meros devaneios de sua mente louca, sentiu vontade de dizer alguma coisa...

2 Respostas para “

  1. é uma das coisas mais lindas que li recentemente.
    como eu me senti em cada verdade oculta que não se dizem dos poetas amadores.
    essa liberdade-migalha de quem já amou e já foi amado e não mais.

    beijo grande poetiza!
    saudades e noticias do sul de minas!

  2. Muito bom, Tassiana, parabéns! Gostei do “Mersault disfarçado”. Pessoa escreveu que todo poeta é um fingidor, mas também, quem não é?

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